Entrevistas
A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com os dados recentemente anunciados do COSI Portugal 2019, que revelam que a prevalência de excesso de peso em crianças entre os seis e os oito anos apresenta uma tendência decrescente. De 2008 até 2019 este valor baixou 8,3%, isto é de 37,9% para 29,6%. Relativamente à obesidade infantil registou-se um decréscimo de 3,3%, encontrando-se atualmente nos 12%. A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Dr.ª Alexandra Bento, alerta que, apesar do decréscimo verificado, a obesidade infantil continua a ser um grande problema em idade pediátrica. Leia a entrevista.
“A obesidade não deve ser encarada como uma questão de ordem estética. Está associada a um aumento da mortalidade e morbilidade”, refere o Dr. Henrique Vara Luiz, assistente hospitalar de Endocrinologia e Nutrição do Hospital Garcia de Orta. Em entrevista ao My Obesidade, o especialista desenha o panorama da obesidade em Portugal, focando a zona de Setúbal, a realidade que mais contacta.
“Um dos passos mais importantes para entendermos a obesidade é relembrarmos os seus mecanismos. Por que razão ocorre? Como é que ocorre?”, questiona o Dr. André Heikius, médico e diretor executivo da Associação Finlandesa de Médicos de Obesidade, que esteve em Portugal no passado mês de maio a participar num conjunto de palestras sobre o tema. Em entrevista ao My Obesidade, o especialista falou sobre a complexidade do tratamento da obesidade e que estratégias podem ser seguidas para melhorar os outcomes dos doentes.
“A obesidade em Portugal tem vindo a aumentar de ano para ano e, neste momento, atinge mais de 60% da população portuguesa”. Quem o diz é o Dr. Carlos Carneiro, médico internista, que no workshop “Obesidade? Emagreça informado” apresentou o atual panorama da abordagem terapêutica existente no tratamento daquilo a que designa “uma das principais epidemias do século XXI com impactos sociais e psicossociais”.
O Dr. César Carvalho, cirurgião geral, participou no workshop sobre obesidade onde explicou a abordagem cirúrgica no tratamento da doença. O especialista evidenciou que esta opção terapêutica constitui o último recurso dando primazia ao tratamento mais convencional. Assista ao vídeo da entrevista.
“Obesidade? Emagreça informado” foi o mote que conduziu a manhã do passado dia 31 de maio no workshop organizado pelo Grupo HPA Saúde. O momento reuniu profissionais de Saúde de especialidades distintas – Neuropsicologia, Cirurgia Geral e Medicina Interna - que falaram diretamente para o doente com objetivo de mostrar a multidisciplinaridade que envolve o tratamento da obesidade. O Dr. Miguel Coutinho, neuropsicólogo, revela a importância da gestão da ansiedade no controlo do peso. Assista ao vídeo.
A obesidade, devido à sua prevalência crescente, é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia do século XXI. Portugal não é exceção e o número de doentes diagnosticados com esta patologia tem vindo a aumentar gradualmente. A Dr.ª Catarina Oliveira, especialista em Medicina Interna no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, refere que estes dados são preocupantes e convertem a doença num problema de Saúde Pública.
Embora estejam disponíveis inúmeras estratégias terapêuticas, a diabetes tipo 2 é uma das mais rápidas e crescentes ameaças à saúde no mundo, estimando-se que em 2040 existirão perto de 500 milhões de doentes com essa patologia. Apesar do tratamento com antidiabéticos orais e/ou insulina, muitos doentes com diabetes tipo 2 não conseguem manter o controlo glicémico a longo prazo, o que significa que que as estratégias terapêuticas disponíveis não tratam a origem da doença.
Em 1835, Quetelet publicou “Um tratado sobre o Homem e o desenvolvimento de suas aptidões”, onde introduziu o conceito de índice antropométrico como peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros (Índice de Quetelet, atualmente conhecido como Índice de Massa Corporal – IMC). Ao longo dos anos foram surgindo conceitos como o de “peso médio”, “peso ideal” ou “peso desejável”.
Decorre já no final da próxima semana a 2.ª edição das Jornadas de Hipertensão Arterial e Risco Cardiovascular Global para Medicina Familiar (MF), marcada para os dias 17 e 18 de maio, no Hospital Lusíadas Porto. Ainda que os principais destinatários sejam os especialistas de MF, “internos de Medicina Interna, Cardiologia e Endocrinologia poderão também estar presentes”. Assista ao vídeo da entrevista ao Prof. Doutor Mário Espiga de Macedo, presidente do evento, que enumera alguns dos principais temas que vão estar em discussão.